You Found Me (fourth chapter)

Author: Vicky D. / Etiquetas:

Aviso que este capitulo tem conteúdo para maiores. A meio do capitulo ocorre uma falha, essa falha é a cena obscena. Se quiseres ler é só sublinhares, se não continua a dirigir-te para baixo.

Capítulo 4 – Rick

Capítulo anterior: No aeroporto Jared não responde à grande questão de Nala. Ela desistindo da conversa, segue para casa. À noite depois de descansar, acorda sem ninguém em casa e nessa altura batem-lhe a porta. Para surpresa dela, é Jared, que lhe justifica o comportamento dele e se declara, acabando por beijá-la.

- E ainda amo.

Ao dizer aquilo, colocou uma mão de cada lado do meu rosto. Aproximou-se. Beijou-me.

Sentir aqueles lábios depois de tanto fantasiar, imaginar, desejar foi uma maravilha para o meu corpo, mas não para a minha mente. Estava a deixar-me levar, a aprofundar aquele beijo. Ele pegou a minha cintura. Aí a minha consciência falou. Larga-o rapariga! Ele fez-te sofrer e tu deixas-te levar assim?! Até parece que não aprendeste nada nesse tempo todo… Mas os meus lábios não o queriam largar, era tão bom beijá-lo. As minhas mãos agarraram-lhe o cabelo. Ele pressionou-me contra a parede mais próxima, grudou-se a mim. A minha consciência continuava a falar. Larga-o! Dá-lhe um murro! O meu corpo continuava a agarrá-lo, e foi aí que uma luz acendeu-se. O que fiz a seguir por um lado soube-me lindamente mas por outro tive pena. Levantei a perna e dei-lhe com o joelho mesmo no ponto do meio e com força.

Não foi preciso largá-lo, soltou-me e agachou-se a agarrar as suas bolinhas.

- Auch! Essa doeu!

- Era com essa intenção.

- Não esperava isto. Pensei que recorresses a estaladas ou mesmo murros, mas isto foi um golpe baixo.

- Talvez, mas essa dorzinha que sentes não é metade da que senti este tempo todo. E achas que chegas aqui com esse paleio, beijas-me e fica tudo resolvido? Eu acho que não. Eu sofri bastante. O meu coração está partido aos bocados, por causa de ti. Em Oxford embebedava-me e fazia figurinhas por causa de ti. Derramei litros de lágrimas por causa de ti. E agora quando estou quase a curar, apareces. Precisas de muito mais que disseres que eras um drogado e já estás curado, para eu te perdoar. Ficaste drogado conscientemente, podias ter negado. Mas optaste por continuar. A qualquer altura podes ter uma recaída.

- Eu sei disso. Eu errei e errar é humano. - ao falar disto parecia bastante arrependido - E é por isso que preciso que me apoies, que me perdoes o mínimo que seja. Preciso de ti para não voltar a ser o que era. Preciso de ti ao meu lado, junto a mim, a ser optimista e cheia de alegria. Porque eu amo-te e sei que por mais que não queiras, que tentes negar, que tentes esquecer ainda me amas. Dá-me uma oportunidade. Deixa-me tentar reconquistar-te.

Kiki tinha-me dito para o ouvir e tentar entende-lo. Ela e Roger deram-lhe a oportunidade de falar e de ir com eles até ao aeroporto. Eu também poderia dar-lhe uma oportunidade. Afinal de contas ele tinha razão, eu ainda o amava. Talvez as coisas até dessem certo. Mas ele tinha de lutar por isso. Por mais vontade que tivesse de cair já nos seus braços, de me entregar a ele neste momento, eu tinha se ser forte. E só ceder depois de muito esforço dele.

- Ok. Eu vou dar-te uma oportunidade. Uma oportunidade para me reconquistares, uma oportunidade de mostrares que mudaste. Que ainda tens dentro de ti aquele miúdo espectacular que conheci há 8 anos atrás. Mas se falhares, se cometeres um erro não mínimo, mas um erro sólido que eu veja que o que dizes não é a verdade e que não mudaste. Bem podes pôr-te na alheta, e esquecer-me. Porque eu não quero sofrer mais por ti. E agora o melhor é ires – o olhar dele agora tinha um brilho, que não tinha desde o minuto que o voltei a ver. Dirigi-me à porta e abri-a. – Já ouvi, já entendi, já aceitei. Podes sair.

Ele caminhou para a porta, mas parou à minha frente. Começou a inclinar-se para o meu rosto. Sabendo o que provavelmente iria acontecer, desviei a cara e ele acabou só por me beijar a bochecha.

- Okei. Desculpa. Primeiro reconquistar e mostrar que mudei. Adeus Nala. – saiu – virou-se para trás – Adoro-te – e seguiu caminho.

- Adeus – gritei para que ele ouvisse. E infelizmente também te adoro, disse para mim.

Fechei a porta e encostei-me a ela. Deixe-me cair ao chão. E agora será que fiz bem? Podia tê-lo rejeitado, mandado aos pontapés para a rua, dizer para nunca mais aparecer à minha frente. Mas dei-lhe uma oportunidade, e só espero não me arrepender. Parecia mudado, pelo menos desde a última vez que falei com ele. Porquê agora?? Agora que estava pronta para o esquecer definitivamente. Mas pronto o melhor agora é esperar para ver o que acontece. Levantei-me e fui para a cozinha comer, afinal com esta visita ainda não tinha comido e o meu estômago já me doía. Aqueci o resto de sopa que estava no frigorífico e comi umas salsichas e uns pickles, apesar de estar com fome não me apetecia comer muito mais. Depois de comer tomei um duche rápido, vesti a minha nova amostra de pijama e deitei-me.

De manhã, acordei estafada. A porcaria do sonho voltou. Estava no meio de destroços e só via fumo, olhava ao redor à procura de alguém e não encontrava. Sentia-me abandonada, perdida. Tinha o caos à volta e ninguém para me ajudar. Entrei em pânico. E foi aí que acordei.

Resolvi esquecê-lo, não pensar mais nele. Não queria ficar com uma dor de cabeça, por coisas estúpidas. Desta vez decidi tomar um banho de imersão, sabia que era um desperdício de água e não ajudava a proteger o ambiente, mas uma vez por outra não fazia muito mal e eu estava mesmo a precisar. Comecei a encher a banheira e procurei os sais que a minha irmã costumava usar, depois de encontrá-los meti um bocado para dentro de água. Despi os farrapos que tinha vestidos e emergi para dentro da banheira. Descontraí-me e passado um bocado estava relaxada. Livrei-me de todos os problemas durante um bocado e só sentia a água a rodear-me o corpo. Deixei-me mergulhar até tapar a cabeça de água, e fiquei assim durante uns minutos. Estar ausente de tudo, só eu e o vazio. Sabia tão bem fazer com que parecesse que não existia mais nada.

Passado meia hora, saí do banho. Infelizmente tinha de voltar à vida real. Vesti uns calções e um top. Adorava Miami, andar ao sol, ir à praia. E hoje finalmente voltava a fazer isso. Quando descia para ir para a cozinha, já me vinha o cheiro a waffles. Segui esse odor tão delicioso, o meu estômago já a dar sinal de ansiedade, e para além de um prato cheio de waffles em cima da bancada deparei-me também com a Kiki e o Roger aos amaços.

- Hmm hmm – pigarreei, mas não me ouviram. Resolvi roubar o prato com o meu futuro pequeno-almoço e sair dali antes que a cena avançasse mais longe comigo ali presente. Para ver pornografia tinha a tv e o pc, escusava de ser uma voyeur e assistir ao vivo. Sou tarada, mas por agora não chega a esse nível. Sentei-me no sofá. A cena da cozinha e os pensamentos daí recorrentes fizeram-me lembrar cenas que ocorreram em Oxford.

Flashback

- Hei miúda! Acaba lá o estudo para te vires divertir! – Cly com o seu sotaque escocês, adorava interromper o meu horário de estudo, para me chatear a sair. E não descansava até o conseguir. Depois dos dois primeiros meses com ela como companheira de quarto aprendi a desistir e ceder aos seus caprichos. Até porque se resistisse muito, ela recorria ao seu truque de carinha de Gato das Botas do Shrek e aí não há maneira de dizer não – Vá lá despacha-te! Quero divertir-me à grande hoje!!

- Mas tu não te divertes à grande todas as noites Cly?! Tu e a Yone adoram divertir-se, tirando que a Yo consegue ser pior que tu... – Yone era grega, estava no curso de Designer. Quando cá cheguei fui recebida por ela, a C e mais umas quantas personagens, muitos de diferentes nacionalidades, nós as três tornamo-nos logo nesse dia grandes amigas. E são elas que me têm dado apoio e divertido.

- A Yo é uma alma livre, sonhadora e histérica. Moi ser livre, apaixonada e responsável… - disse aquilo a emoção correspondente a cada palavra. Tive de me rir.

- Lá nisso tens razão… e se vocês são isso eu sou o quê sabes?

- Nana… tu és uma alma livre, tarada e... – fez uma pausa.

- E o quê? Já vem daí porcaria…

- E uma tigresa – rugiu e desatou a rir.

- Não me lembres disso. – mas tinha que admitir que era engraçado e desatei a rir também. (sei que estão à nora, mas a história da tigresa fica para depois) – Bem se queres ir é melhor ser agora, se não volto ao estudo. – fez logo uma cara amuada, o que fez com que me risse mais. De repente, o telemóvel dela começou a tocar.

- Sim? Estamos a sair do quarto. Espera-nos à entrada do campus. – desligou e virou-se para mim. – a Yo está preparada e já vai a caminho. – começou a encaminhar-se para a porta – Bora lá! Levanta daí esse cu!

Não tive outro remédio se não sair do quarto. Caminhamos para a entrada do campus, a nossa residencial não ficava muito longe. Parada, a movimentar-se de um lado para o outro estava alguém muito ansioso, ou já por natureza muito inquieta. Yo mal nos viu a chegar, começou a correr na nossa direcção.

- C!! Nana!!! Estava a ver que nunca mais chegavam! – gritava histérica.

- Yo!! – Gritou Cly.

- Por favor até parece que não se vêem à tempos, viram-se à menos de 4 horas e falaram à 10 minutos por telefone. Que exageradas!

- Nana, sua tigresa, anima-te mais. Acho que precisas de beber um bocadinho. Aposto que tiveste mais recordações inconvenientes e por isso é que estás assim. Então a cura é beber uns copinhos, para esquecer – virou-se para a C e riu-se – ou não! – voltou a virar-se para mim – fazes mais uma conquista e acabas a noite da melhor maneira. – as duas riram-se.

- Sim, talvez…

- Queremos que libertes a nossa taradinha querida. Ah claro, e que te divirtas. – C e as suas indirectas.

- Okei, okei. Vamos lá, antes que desista. – dirigimo-nos para o Ozone, o bar que ficava perto da universidade, e que estava sempre concorrido com o pessoal de lá e essencialmente, gajos podres de bons.

A meio do caminho aconteceu o melhor, tropecei numa pedra e apesar da sorte que tive nos outros tropeções anteriores, neste já não e acabei por me estatelar no chão. Só que antes ainda agarrei a C, e esta caiu para cima de mim. A Yo fartou-se de rir e ao tentar ajudar-nos, desequilibrou-se e caiu também. Estávamos as três no chão.

- Hei meninas! Querem companhia? Apesar de o chão ser um pouco desconfortável. – um gajo começou a gozar connosco. Quando me virei para lhe mostrar uma cara de poucos amigos, não consegui. O que foi que eu disse a bocado? Ah sim, o bar tem sempre gajos podres de bons. Era o caso deste nosso amiguinho. Loiro, olhos azuis, bom corpo, tipo capitão de equipa, nos seus 22 anos. E pormenor, sotaque britânico. Se a minha intenção era ser antipática, foi pelo esgoto abaixo, quando ele me lançou um sorriso digno de estrela de cinema. Quem falou foi a Yo.

- Se tiveres calibre suficiente para nós as três. Estamos sempre dispostas a novas experiências.

Eu e a C escangalhamos a rir. Coitado! O que deve ter ficado a pensar… A resposta dele é que me surpreendeu.

- Tenho calibre que chegue, é só dizerem quando e onde – começou a dirigir-se a nós, que ainda estávamos no chão – mas como sou um cavalheiro – ajudou a Yo e a C a levantarem-se - e não me aproveito de donzelas indefesas e bonitas – disse, quando começou a ajudar-me e piscou-me o olho, a minha reacção? Quando tentei dar um passo, voltei a desequilibrar-me. Mas antes de cair, ele já me estava a agarrar pela cintura. Ah que me dá um ataque cardíaco! Senhor, de onde é que me desencantaste um homem destes?!

Ele soltou-me. E se as minhas amigas não estivessem junto a mim, aposto que não me aguentava de pé.

- Rick. Muito prazer.

- Yone. Clydie. E Nala. – apresentou-nos a C, apontando respectivamente cada uma.

- Aonde se dirigiam as meninas?

- Vamos para o Ozone, a noite espera-nos. – disse Yo.

- Não duvido disso. Eu também vou para lá, posso acompanhar-vos? – olhámos umas para as outras, elas duas lançaram-me olhares matreiros e safados, e eu lancei um “porque não?”. Afinal não é todos os dias que encontramos um gajo destes.

- Claro. – disse eu – É sempre bom termos alguém que nos proteja, não se sabe o que anda por aí. – ele riu-se.

Seguimos os 4 para o bar. Quando lá chegamos pedimos umas bebidas, sempre com álcool de preferência. Rick apresentou-nos a uns amigos que já lá estavam. A noite decorreu com muita conversa, dança e copos a mistura. Eu e Rick conversamos bastante, até que chegou a uma altura que bastante bêbedos e com conversa de treta, acabamos por ir para o quarto dele.

Arrastou-me para fora do bar com uma urgência, quase que não aguentávamos chegar ao quarto, afinal não era só ele que estava com pressa. Chegamos ao quarto num ápice. Os beijos dele eram doces mas ao mesmo tempo urgentes. Viciavam. As mãos dele vigiavam pelo meu corpo fazendo um percurso de exploração. Agarrei-lhe os cabelos, puxando-o mais para mim. Agarrou-me ao colo e enlacei as pernas ao redor da cintura dele. Levou-me para a cama e deitou-me. Os seus lábios carnudos nunca largavam os meus, a sua língua explorava por completo a minha boca. Despiu-me a camisola. E dirigiu os seus lábios para o meu maxilar, pescoço, peito, mordiscava, lambia, beijava. Aquilo estava-me a deixar em brasa. Puxei-lhe a camisola pelos braços e atirei-a para cascos. Passei as mãos pelo seu tronco, sentindo os seus abdominais, a maciez da sua pele. Ele começou a massajar um dos meus seios. Gemi. Comecei a desabotoar-lhe as calças e ele ajudou-me a tirá-las. O volume dentro dos boxers estava bem alto. Uh! Parece que temos um bom conteúdo aqui! Consciência, isto não é altura para falares, não estragues o momento. Tirou-me o soutien e com uma mão massajava um seio, enquanto a boca e a língua trabalhavam o mamilo do outro. Eu gemia, puxava-lhe os cabelos, estava bastante molhada e à espera que ele me possuísse. Como se me lesse os pensamentos, largou os meus seios e começou a descer, a fazer trilhos pela barriga, ventre. Tirou-me as calças, tão depressa que nem me apercebi, só sei que num momento para o outro estava nua. A boca dele continuou a descer até que senti a sua língua invadir-me. Gemi. O seu polegar fazia pressão no meu clítoris, e a língua fazia movimentos dentro de mim. Não passou muito mais, até eu vir na boca dele. Levantou-se, também já sem boxers, eu ainda estava estafada.

- Tens um óptimo gosto. – eu só abanei a cabeça, olhei para ele inteiro. Wow, o conteúdo é bem grande .O membro dele era bem apelativo e estava bem levantado à minha espera. Ao ver-me a olhar, sorriu e posicionou-se no meio das minhas pernas. Voltou a atacar o meu pescoço e penetrou-me. Ao inicio, não se moveu muito para me habituar ao seu tamanho. Até que começou a fazer movimentos de ir e vir lentos. Eu precisava de mais, mais rápido, mais forte.

- Oh sim! Mais! Mais forte! – tal como me mandei ele fez, começou a estucar mais a fundo e mais rápido. Movia-se cada vez mais rápido, chegou até a ser bruto. Eu só gemia, gritava, pedia mais. A cama movia-se ao nosso ritmo. Até chegar ao ápice, eu vim primeiro mas ele veio logo a seguir. Estafados, caímos os dois na cama e adormecemos.

Fim do Flashback

- Hei Leoa! Pareces um tomate! O que é que andas a pensar? – recompus-me, lembrar-me disto fazia o meu corpo reagir de várias maneiras e respondi à minha irmã.

- Nada de interessante. Espero que tenham desinfectado a bancada da cozinha. Tiveram sorte em as crianças estarem na escola e ter sido eu a entrar naquela cozinha. Não sei até onde chegaram, não quis ver mais do que vi. Trouxe os waffles e vim para aqui comer. E comecei a lembrar-me de cenas em Oxford

- Hmm, fizeste bem. Mas nós não chegamos a onde estás a pensar, não te preocupes. Pelo menos não chegámos agora. Porque aquela cozinha tem que falar…

- Ewww! Não quero saber!

Ela riu-se e subiu para os quartos. Nesse momento recebi a musica Tik Tok começou a tocar. Olhei para o visor do telemóvel e vi um número. Infelizmente, sabia perfeitamente de quem era. Podia tê-lo apagado, mas não me conseguia esquecer. Abri a mensagem e li.

Ola! Vem ter comigo às 13h30 no jardim onde costumávamos ir. Dirigi-te ao banco do costume (espero que te lembres) e dá 20 passos em direcção a Este.bjinho

Numa coisa não mudou. Continua a usar mensagens em vês de chamadas. Mas pronto. E agora vou ou não vou?

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