Selecção Nacional Orgulho! ^^

Author: Vicky D. /

Futebol é um dos desportos pelo qual deixei de exercer grande simpatia  , mas existe alturas em que abro excepções e assisto a jogos. E essas alturas são quando a Selecção Portuguesa joga. Sou portuguesa e tenho orgulho de o ser.


E mais uma vez neste Euro 2012 mostrámos que não somos fáceis de vencer. Chegámos às Meias-finais, levámos a Campeã Europeia e mundial até aos Penáltis. Com garra, esperança, força e união. Foram Grandes. E venha o Mundial!

Marina and the Diamonds - Primadonna

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A música que não paro de ouvir...

Frase do dia

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"We're all damaged in our own way. Nobody's perfect. I think we're all somewhat screwy. Every single one of us. "

Johnny Depp

Infortúnio sem lógica...

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O que fazer quando o mundo te vira as costas? “Vira as costas ao mundo.” Na sociedade de hoje, não é fácil de se fazer. Não é como na selva em que a lei do mais forte e a do adapta-te para sobreviver são implícitas. Os humanos estão presos nas possibilidades que têm, estão agarrados à sociedade. Talvez a solução fosse tentar fugir para a selva, para um ambiente deserto, para um local sem humanidade. Mas para quê? No final acabava por se criar mais uma aglomerado de gente.¬ Gente esta que voltaria a prender-se em valores, ideais, regras, lógicas. Alguns superam as dificuldades, os obstáculos que lhes aparecem à frente, outros tentam e falham, outros nem se mexem. O que fazer quando os esforços não dão em nada? O que acontece quando se dá tudo, se dá o máximo, mas o resultado não chega ao nível esperado? Como superar? Não se sabe. A forma como cada “vira as costas ao mundo” depende de cada um. Acontece que uns apenas estão presos ao que lhes foi afastado, outros estão presos a mais. São vários os determinantes para as escolhas do futuro. Tanto que uns conseguem fazê-las, outros não. Uns estão presos à família, outros ao dinheiro, outros aos amores, outros ao trabalho, outros às emoções, outros basicamente a nada. E depois aqueles que estão presos aos objectivos, e que não descansam sem os atingirem, que não têm limites para lhes chegar. Costumam chamar-lhes os fortes. Como que a entender que aqueles que estão presos à sociedade, não têm identidade própria, são fracos. Fazem o que lhes é suposto fazer. Mas não é propriamente assim. Esses estão agarrados por pressupostos, por ideais e formas de agir e pensar que os forçam a não fugir ao real. Pode-se dizer que estão presos à realidade. E assim também dizer que os que são considerados fortes fogem à realidade e lutam contra ela. Mas não significa que não vivam nela. Pois aqueles que não vivem na realidade, formam lógicas diferentes e acabam por ser os que passam despercebidos e são considerados indiferentes ao que os rodeia e são indiferentes aos que os rodeia. Assim o que fazer quando o mundo te vira as costas e os esforços não dão em nada? Vive num mundo criado por ti sendo indiferente ao que se passa à tua volta, ilógico e irracional.

Desenhos

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Estes são alguns desenhos que fiz do Mickey, Minnie e Tigre e Piglet. Já foram feitos há alguns anos, quando ainda tinha a minha veia artística e vontade para desenhar e escrever.







"A vida dói" - Os filhos do Mondego

Author: Vicky D. /


A vida dói


-É a vida

Realmente, é verdade: é a vida. Às vezes muda sem nos pedir licença, sem nos avisar. Às vezes, aquilo que tinha tudo para correr bem, acaba por correr mal. Fazem-se escolhas. Vivem-se essas escolhas e depois

-É a vida

Ficamos admirados a contemplar a vida a atropelar-nos. Acabamos abraçados às paredes de queixo partido, de dentes partidos, de pernas partidas, de braços partidos, de coração partido. Acabamos. Desfeitos. Acabamos. E é nos finais que sentimos a vida no corpo. A despenhar-se na nossa direção a duzentos quilómetros por hora. É nessa hora, nesse preciso momento, que a sentimos nos ossos e nos músculos e nas veias. A vida dói. Vai passando por nós sem pedir licença. Levando o que amamos consigo.

-Vai.

Matando-nos devagarinho: centímetro a centímetro.

-Não queres que fique?

(Um olhar no vazio.)

-É por querer tanto que fiques, que te peço que vás.

O relógio da estação a teimar em parar o tempo. Cada segundo mais longo que o outro. Até o ar parecia parar, teimando em não entrar nas narinas, em não chegar aos pulmões.

-Mas eu quero ficar. Quero ficar contigo. Como é suposto ser feliz sozinha?

Ao ouvi-la os meus ossos a racharem lentamente. Cada palavra um murro no estômago. As pessoas a desviarem-se, ágeis,  ignorando o meu sofrimento. Os comboios chegavam e partiam sem que nada os fizesse parar: nem o relógio, nem as lágrimas, nem o meu corpo quase desfeito em pó de giz. Nada os fazia parar. Nada fazia parar a vida. E enquanto ela seguia o seu rumo atropelava-me uma e outra vez. Inconsciente do meu sofrimento, ou do sofrimento da Luísa. Ignorava-nos. Ignorava as lágrimas dela

-Nunca serei feliz sem ti

Ignorava as minhas dores.

-Então sê feliz por mim. Peço-te: sê feliz. Faz isso por mim.

-Esperas?

A mão dela tremia na minha. Sentia-a a apertar-me com as forças que lhe restavam. Os nossos dedos abraçavam-se eternamente. Sentia as unhas dela na minha carne. A marcarem-me uma última vez. Queria guardar na pele uma chaga que fosse que me lembrasse dela. Não queria encarar aquele momento como um final, ou um adeus. Queria que fosse só mais um entretanto. Que é aquilo que realmente somos: entretantos. Olhei-a nos olhos e limpei-lhe suavemente as lágrimas do rosto. A cara dela brilhava de tristeza e isso matava o que ainda restava de mim. A mão dela teimava em não largar a minha, com medo da falsa eternidade que sabia unir-nos. Engoli um trago de saliva e lágrimas. Olhei-a nos olhos, como se olha quem se ama, e respondi-lhe

-Por ti? Uma vida. E se existir outra continuarei a esperar.

Ainda me lembro daquele último sorriso de papel vegetal: leve, frágil, transparente. Sorri com ela e ajudei-a a subir para o comboio. Beijámo-nos ao som do sinal de partida e nesse momento senti-me como se fosse feito de pó, a espalhar-me pelo mundo: um braço aqui, um pulmão ali, o coração acolá. Sentia-me mutilado, partido, incompleto. O meu amor, o meu grande amor de oito anos, acabara de desaparecer atrás de uma vidraça, à velocidade de um alfa pendular. E eu corri para não a perder de vista. Corri sem condições de a alcançar.

(-É a vida)

Espero que realize todos os seus sonhos e um dia volte para me completar.

PedRodrigues

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