Não sei...

Author: Vicky D. / Etiquetas:


Não sei...
Não sei o que sentes, o que sentias, o que sentirás. Mas não será o mesmo que eu, pelo menos de agora adiante. No inicio, senti amizade, carinho, amor de irmã. Talvez tenhas sentido o mesmo, talvez ainda sintas, ou talvez não. Porque não sei, não sei de ti, não sei se estás vivo ou se estás morto. Não sei nada… O sentimento começou a evoluir, foi o meu erro, mas apercebi-me dele cedo, fui forte e expeli-o. Optei por continuar a sentir o que sentia no inicio, não mais que isso e assim foi. Fui amiga, confidente, irmã! Acho que fui isso, não sei, para ti podia ser apenas uma no meio de muitas. Para ti, por mais doces as palavras que dirigias fossem, podia não ser nada. Não sei se sentias o que dizias, não sei se era verdade o que afirmavas, não sei. Para mim foste amigo, confidente, irmão! Não sei se tivesse continuado fosses mais, não sei se os acontecimentos fossem diferentes chegasses a ser mais, talvez sim, talvez não. Não sei… Não sei se os lugares fossem outros, a altura fosse outra, as idades fossem outras, talvez tudo fosse diferente. Não sei, não sei porque não prevejo o futuro e não regresso ao passado. Vivo o presente, sem capacidade para fazer nada em relação ao que acontece, não sei. Talvez até tenha poder para mudar certos acontecimentos, certas decisões, mas não sei. Não sei se decidir voltar ao que era, as coisas mudem. Talvez mudem, talvez não… Mas ficarei sem saber, porque mudei. Mudei desde aquela altura, desde aquele acontecimento em que me chocaste. Não sei se seria melhor se me tivesses deixado na ignorância, não sei se seria melhor se antes me tivesses contado mais pormenores, não sei. Sei que contaste, contaste da pior maneira, assim do nada, chocaste e mudei por isso! Para quê ser confidente e amiga? Não sei… Não sei, porque não sei o que sentiste ao dizer aquilo. Talvez felicidade? Não sei... Não sei o que querias ao dizer aquela frase, não sei! Estava distante, não sei. Sempre estive distante, aproximei-me o mais que pude. Mas havia factores que impediam mais aproximação. Não sei se insistisse para mudar alguns, mudasse alguma coisa. Não sei, agora nem vou saber. Foste a única pessoa que permiti que me conhecesse, como eu sou. Sabias mais que os melhores! Mas agora, não sei... Não sei se foi um erro. Não sei e nem vou saber… Afastaste-te, afastei-me! Não sei quem foi o primeiro, talvez tu, talvez eu, não sei. Apenas nos afastamos… Hoje sinto um vazio, não sei se por tua falta, não sei se por falta das tuas palavras. Não sei se será apenas porque ainda não encontrei o que procuro. Mas… também não sei o que procuro! Talvez um dia encontre e saiba o que é, talvez não. Não sei o que fazer, não sei o que dizer. Não sei para onde hei-de ir, não sei onde hei-de ficar. Não sei o que ler, não sei o que ver. Não sei porque me mudaste! Não sei porque me voltaste a mudar! Não sei porque me iludi. Gostava de saber o porquê de ter sido assim, mas não sei. Gostava de saber o que sentes, mas não sei. Gostava de saber onde andas, mas não sei. Gostava de saber porquê a omissão, mas não sei. Não sei, mas neste momento também não quero saber. Talvez um dia volte a mudar e queira saber. Talvez sim, talvez não… Mas sinceramente espero que não, tornei-me forte, sabes? Não, não sabes! Não estás aqui para saber! Tornei-me forte, enfrento perigos mais facilmente, arrisco mais. Sabes o que sinto por ti agora? Indiferença, sim é isso que sinto! Indiferença, esquecimento, já não preciso de ti. Sou forte! Porquê? Não sei, simplesmente não sei…

1 comentários:

Ana disse...

epa..eu acho q este texto esta simplesmente fantastico! esta mt melancolico sim, mas a beleza mais pura normalmente advém deste genero de textos. acho q tens muito jeito para esta coisa q se chama escrever! :D

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